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O desafio de alfabetizar grupos heterogêneos

  • escoladavidapoa
  • 31 de out. de 2017
  • 3 min de leitura

Alfabetização é um processo que se dá quando a criança começa a fazer uma leitura do mundo. Nem todas as crianças aprendem na mesma hora ou do mesmo jeito. Por isso, essa etapa tem sido um grande desafio. Para atender às necessidades de aprendizagem, é preciso elaborar uma prática educativa baseada em estratégias que envolvam atividades lúdicas, respeitando as ideias e fases de desenvolvimento dos pequenos.

Para a pedagoga Denise Tinoco, especialista em Educação Infantil e Psicopedagogia, é preciso também criar um ambiente alfabetizador, onde se desenvolvem situações de leitura e escrita em que as crianças possam interagir. “Elas reagem de formas diferentes. Assim, o ambiente alfabetizador precisa ser planejado, arrumado, organizado e adaptado para todos, diz Denise”.

De acordo com a pedagoga, quando uma criança encontra uma sala de aula preparada de forma a despertar o interesse pela leitura, pela escrita e pelo manuseio do material didático, as chances de sucesso são maiores. Brincar com linguagem falada e com processo de aquisição da escrita, oferecer jogos, trabalhar com músicas, poemas, quadrinhos, imagens, obras de arte são algumas maneiras de fazer isso. É importante criar variações e adaptações dentro de uma mesma atividade. Textos podem ser apresentados em formatos de vídeos e áudios, por exemplo. Além disso, podem ser programadas para durar mais de uma aula dentro de uma sequência didática.

Alunos que lêem antes de ler convencionalmente comparam palavras e estabelecem relações entre o oral e o escrito. Dessa forma, vão refletindo sobre o funcionamento do sistema alfabético e avançam em sua aprendizagem. Para esses alunos, o texto pode ser apresentado primeiramente em um cartaz para a leitura coletiva e em seguida impresso para a leitura individual ou em duplas de colegas. Na coletiva, a professora lê com os alunos, de forma contínua, mostrando cada linha do texto no cartaz. No segundo momento, a leitura é feita da mesma forma, mas cada aluno ou dupla em sua folha de texto. Depois, eles circulam as palavras que a professora ditar. Para finalizar, o texto pode ser recortado em versos para ser lido e colocado na ordem correta, também em duplas.

Para os que lêem com autonomia, a leitura deve ser somente individual. Pode ser acompanhada de outro texto para complementar a leitura. Outra variação é ler os dois textos com o auxílio de um dicionário para a descoberta do significado das palavras e compreensão do que está sendo lido. Isso amplia o vocabulário.

Outra estratégia é promover atividades de escrita em duplas ou individuais. Pode ser apresentado um texto com lacunas no final das frases para que os alunos escrevam o que falta. Eles escreverão segundo suas hipóteses, que devem ser confrontadas para que, com as devidas orientações e intervenções do professor, cheguem à escrita alfabética.

Uma variação dessa atividade é oferecer as letras móveis certas para que formem as palavras e então preencham as lacunas. Mas é possível também propor que escrevam uma linha inteira do texto, ou o texto todo em duplas. Outra ideia é passar uma lista de nomes de animais de jardim, por exemplo.

Entretanto, é necessário pensar em outras atividades além da principal, para atender aos alunos que estão mais avançados e desafiá-los. O ideal é propor a escrita alfabética e individual de um texto de memória. Pode-se ampliar a atividade para a escrita de uma ficha técnica a partir do texto informativo da atividade de leitura. Outra proposta é que eles escrevam sozinhos o que sabem o texto ou o assunto abordado.

As crianças da educação infantil não sabem ler e escrever, por isso acho que essa parte do texto pode ser excluída.


 
 
 

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